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POR: Alex Akira
A educação financeira ajuda o consumidor a desenvolver melhores hábitos de planejamento
Em dados da pesquisa recente sobre “Uso de crédito”, realizada pela CNDL/SPC Brasil, é apontado que 17% dos consumidores recorreram ao cheque especial nos últimos 12 meses. Merula Borges, especialista em finanças da CNDL, salienta que esse percentual poderia ser menor se a educação financeira fosse mais acessível e eficaz. “Muitos consumidores recorrem ao check especial sem saber que ele está entre as opções de crédito mais caras”, explica.
A falta de conhecimento sobre as opções de crédito e o planejamento financeiro inadequado leva muitos consumidores a optar por uma das linhas de crédito mais caras do mercado.
Segundo a especialista, a educação financeira ajuda o consumidor a desenvolver melhores hábitos de planejamento e controle das finanças. “Com ela, é possível compreender a importância de um orçamento mensal, identificando receitas e despesas para garantir que os gastos não ultrapassem os ganhos”, destaca. Essa abordagem também previne compras impulsivas e ressalta a necessidade de constituir uma reserva de emergência.
Urgência da educação financeira
A pesquisa ainda mostra que 30% dos consumidores utilizam o cheque especial para pagar contas com vencimento próximo e 27% recorrem a ele devido a imprevistos com saúde. Esses números evidenciam a falta de reservas financeiras e a carência de um planejamento adequado, fatores que podem ser amenizados com uma educação financeira mais abrangente e acessível.
“A educação financeira precisa de ambientes e vocabulário mais amigáveis, assim como as instituições financeiras”, ressalta Merula Borges. Isso significa que, para ser eficaz, a educação financeira deve sair do jargão técnico e ser fornecida de forma clara e prática, ajudando o consumidor a diferenciar o crédito emergencial do consumo desnecessário.
Promover e incentivar esse tipo de conhecimento é fundamental para reduzir a dependência do cheque especial e criar hábitos de consumo mais conscientes. Ao adotar estratégias de planejamento e buscar alternativas de crédito mais vantajosas, os consumidores poderão evitar armadilhas financeiras e alcançar uma vida econômica mais equilibrada.
FONTE: Varejo S.A